sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Chacal




“Morro de amor
e mordo diamante
Dos cacos dos meus dentes sangrando
Faço um cordão pra enfeitar a sua fantasia.”

Poema Latas Vazias by Chacal



Quando li estes versos pela primeira vez vislumbrei um amor de possibilidades infinitas, um amor sem limites.
Foi tão realista e ao mesmo tempo tão visionário que fiquei confusa.
Será mesmo que alguém faria o que Chacal propunha?
Um amor como este permeia o sonho de muita gente nesse mundo, quiçá em outro.
Pois bem, posso me considerar felizarda. Encontrei um amor, de alma grande e coração puro. Um amor valente, forte e audaz. Um amor realmente capaz.
Como fiz isto? Até hoje não entendo bem. Apareceu do nada, por nada, num dia de inverno. Esquentou meus momentos, me fez rir e flutuar.
Privilégio? Sim!
Afinal já tenho todas as fantasias enfeitadas por cordões.
E você, vai esperar que seus dentes caiam por medo do mundo?
Não, não deixe que isso aconteça.
Procure seu amor. Quem sabe ele/ela não está ao seu lado e você ainda nem se deu conta.

12 comentários:

Anônimo disse...

Olá Barbara, Que belas palavras ... associadas a uma não menos bela imagem tua ... parabéns por ambas. beijinhos

Anônimo disse...

Não é pra matar de inveja não, mas eu tive a oportunidade de assistir o próprio Chacal declamar "Latas Vazias" em uma Cafeteria. FAntástico!
Parabéns pela escolha do trecho e pelo texto reflexivo.

Anônimo disse...

olá...
gostei daqui. Blog muito legal!
Parabéns.

Anônimo disse...

E que venha a primavera em forma de sentimento e os textos de Barbara pra florir nossos desertos.

Anônimo disse...

Tive por aqui a ler um pouco da tua alma, dos teus pensamentos...continuo a adorar a maneira como sentes as coisas, como as expressas, torna-as belas :)
Sim, concordo plenamente contigo,não existe nada mais valioso que as pessoas, e principalmente o Amor...
Parabéns!

Anônimo disse...

Chacal, muito injustiçado pela cultura brasileira. Um expoente, uma figura artística muito expressiva mas pouco conhecida fora do círculo carioca. Parabéns pela escolha. Siga em frente.

Anônimo disse...

E o colega Watanabe devia estar na mesma cafeteria que eu. Pro meu azar, cheguei atrasado ao evento e não vi Chacal declamar "Latas Vazias", mas pude assistí-lo declamar "Tabacaria" de Fernando Pessoa. Realmente inesquecível.
Ponto pra Barbara.

Bibi, pode ser? disse...

Olá, Bárbara! Lindo nome o seu! Adoro!

Chacal é muito bom. Adoro seus escritos e gostei muito do seu comentário, da maneira como expressou sua interpretação. A minha, ao ler o texto, foi a de um amor destrutivo, que nos faz mal. Mas isso é muito pessoal. A gente interpreta como vê.

E sua visão está linda. Mudou a minha completamente. Estou passando por um momento como o que vc descreveu, de medo. Medo de me deixar levar por um sentimento que nasceu.

Mas esse medo envolve muita coisa. Preciso de mais tempo pra mim mesma, de mais um pouco de terpia pra não me deixar envolver em outro relacionamento destrutivo, repetindo velhos comportamentos.

Fico feliz que gostou do blog. Mas como costumo dizer, é um diário que me ajuda a me entender, a colocar as idéias no lugar qdo tudo está confuso.

Abraço!

Bibi, pode ser? disse...

Bárbara! Adoro seu nome. Ele tem muita força.

Que bom que gostou do blog. Mas, como digo, é meu diário. Meu ajuda a compreender as confusões da minha cabeça. É um espaço terapêutico.

Poxa, eu tive uma visão mais pessimista do texto do Chacal que vc comentou. Mas adorei sua colocação e mudou minha visão.

Estou num momento de dúvidas, de medo porque estou me envolvendo com um cara, gostando dele e acho que não está na hora. Não estou plena pra fazer bem a mim ou a outra pessoa. Preciso me "despir" de velhos hábitos, de relacionamentos destrutivos que têm uma tendência a se repetirem. Tenho medo de esse seja um sentimento por alguém com quem irei repetir tais comportamentos.

Falava a pouco sobre isso com uma amiga. Não sei se deixo o sentimento fluir e "pago" pra ver no que dá, ou se fujo e me dou mais tempo.

Abraço!

Anônimo disse...

Presenteio vc, Barbara, pelo seu lindo texto, com um poema de Chacal:

O OUTRO

só quero
o que não
o que nunca
o inviável
o impossível

não quero
o que já
o que foi
o vencido
o plausível

só quero
o que ainda
o que atiça
o impraticável
o incrível

não quero
o que sim
o que sempre
o sabido
o cabível

eu quero
o outro.

Parabéns!!!

Anônimo disse...

Palmas!!! Até que enfim alguém fez justiça a Chacal.
Ótimo.

Anônimo disse...

Que meigo. Adorei o trecho. Não conhecia Chacal. Mas agora já posso dizer que sou fã.

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